Bea_________________________

*Yellow Ledbetter
*rosa-raposa
*também atende por Bea Rodrigues
*20
*abril, seis.
*itália, frança, hungria, espanha.
*psicologia: quinto semestre, mackenzie.
*eddie vedder, melissa auf der maur, daniel johns, courtney love, dave grohl, john frusciante, andrew bird, gavin rossdale, regina spektor.
*chocólatra, sim. não tem a menor vontade de lutar contra isto
*ama caixinhas de música, o seu baixo, o cheiro de dama da noite, o sorriso do gato de alice e a lua quando forma este, folhas de outono, piano e músicas tristinhas
*textinhos pretensiosos
*garota desocupada
*fotógrafa de meia tigela
*desenhista medíocre, parada por tempo indeterminado
*fotos
*fotos melhores


Madeleine K_________________

Essa é a minha banda, na qual eu toco baixo e, por vezes, canto. Nela estão também:
Sidan
Deni
Renan
Nossos links, músicas, lixos e coisinhas:
fotolog
desamor ~ you tube
aquela ~ you tube
orkut

Links________________________

sucker love blue
fiction reprise
rewind
book of shadows
freedom now
frenesí 6b
dequejeito?
uma dama não comenta
o fator barney
não vá se perder
CINE PARADISO
sorocoisa
cuca fundida
músculo cerebral

Lay__________________________

Lay da Koia especialmente pra Bea =) . Nao Copie!

Thanks:
->Photoshop
->Bloco de notas
->Blogspot
->Haloscan

Tuesday, July 03, 2007

Uma breve descrição sobre ilhas-mundo, limiares, cordas, vento e a Raposa

Vendo que o Aviador estava acompanhado, a Raposa deixou seu mundo e partiu de volta para o dela. Era algo que fazia com facilidade, cruzar os limiares entre os mundos das pessoas, as mentes de cada um. Um limiar é como uma porta, ela separa o universo entre as pessoas do universo de alguém. Na verdade, não precisa necessariamente ser uma porta, já que alguns mundos não têm portas, como o da Raposa, mas sempre existe algo para demarcar o limiar do caminho entre os mundos.
Diz-se que os mundos das pessoas são como ilhas flutuando no meio dum vazio, um abismo entre cada uma delas. Esses mundos são originalmente sem conexão com outros e costumam ter um limiar, isto é, uma entrada, uma porta. Porém, quando duas pessoas se conhecem, os mundos se aproximam. Quando duas pessoas cativam umas as outras, surge um caminho entre os dois mundos. Este caminho é uma corda, com cada extremo preso numa beirada das duas ilhas. Ela simboliza a união e seu comprimento depende da força com as quais as pessoas foram cativadas.
Tomemos cuidado. Força não deve ser confundida com a força física, aqui ela assume um sentido de intensidade. Algo como uma perda de fôlego, um momento em que sua mente não pôde pensar em mais nada; sublime. É, assim, natural que pensemos que os apaixonados têm cordas muito curtas ligando seus mundos. Pode bem ser, ao menos de início. O comprimento muda conforme a relação das pessoas também muda. Assim, alguns mundos são cercados de cordas, enquanto outros não têm nenhuma, apesar de ser raro.
A corda não precisa, necessariamente, se ligar a uma área próxima do limiar. Foi dito que os mundos costumam ter apenas um limiar, mas isto não é obrigatóro. Alguns possuem vários limiares, conforme o número de cordas, porém os que têm só um podem ligar-se de várias partes, criando uma caminhada mas longa pela borda àqueles que tentarem chegar ali pela sua corda.
Pois sim, você só pode entrar no mundo de uma pessoa atravessando a sua corda, não pode usar uma corda alheia para entrar, no caso invadir, o mundo de outro. Existe uma dificuldade para atravessá-las, as tais cordas. Não é só sair andando, mesmo porquê, são cordas bambas e cair no abismo entre as pessoas não é algo muito indicado. Não se têm muitos relatos daqueles que já caíram, mas os que já chegaram muito perto de voltar dizem ser como uma vida mecânica: nunca se está em você mesmo, tampouco n’outro, ou em lugar algum. Portanto, é necessário cautela, sempre, e acima de tudo equilíbrio.
Quando se cruza uma corda, conforme sua distância daquela pessoa, a corda será mais longa e também mais difícil de ser cruzada. Afinal, não é porque ela está ali que o trabalho já está feito, é preciso caminhar com calma, com jeito, delicadamente e sem quaisquer movimentos bruscos, de forma alguma. Além disso, o abismo entre as pessoas não é só vazio. Tem vento. Ele é o responsável pela maior dificuldade da travessia. Quando se cruza uma corda pequena, mal atrapalha, quando uma corda longa, ele testará teu equilíbrio; quando tentar andar por cordas alheias, ele as balançará como um tufão. Só os muito astutos conseguem invadir mundos, mas isso os torna também muito egoístas. Pobre daqueles que tentam fazê-lo, porque a maioria cai no abismo e jamais retorna.
O vento está aí para que as pessoas entendam que não devem usar as outras para quaisquer que sejam os fins. Todos temos de criar nossas próprias cordas. Mas bem, voltemos agora a nossa Raposa e nosso Aviador, os estopins de nossa história.
A Raposa havia visitado aquele mundo, naquele momento, pois sentia mudanças acontecendo. Fora ver se estava bem, e quando o viu em boas companhias, retornou para seu mundo.
Suas ilhas eram bastante próximas, a Raposa mal precisava fazer uso da corda que existia conectando-as; chegava numa parte e já saltava para sua ilha. Não havia porta no mundo da Raposa. O limiar era uma barreira bastante forte de árvores grossas como sequóias e altas como pinheiros. Era um limiar incomum nos mundos: cercava-o por completo, mas não era tão difícil de passar. O do Aviador havia sido mais difícil; uma pesada porta com três trancas, e antes dela um jardim, e antes do jardim um muro alto.
Cada mundo-ilha tem o limiar que seu criador constrói conforme sua vida vai passando. São mutáveis, bem como o comprimento das cordas. Em alguns mundos, os criadores chegam a colocar armadilhas, falsos limiares (portas que na verdade não levam a lugar algum), ilusões ópticas de limiares, e por aí vai.
A Raposa demorou a descobrir uma maneira de entrar no mundo do Aviador, e por isso, durante muito tempo, só conseguia entrar quando este estava junto. Depois de um tempo, porém, ela achou uma falha no muro e uma janelinha aberta nos fundos, mas sempre precisava driblar o jardim. Havia lá plantas que mordiam, cobras venenosas e por vezes um homem de cabelos compridos e ares de mais velho a enxotava.
Contudo, ela só entrava naquele mundo sem ele quando era chamada ou, como nesse caso, quando sentia alguma vibração estranha, diferente, sendo passada pela corda. Explicarei. Os mundos, como reflexo de seus criadores, também refletem suas emoções, na forma de tremores. Quando a corda que o liga a outro mundo é forte, essa vibração pode chegar com força suficiente a outra ilha e ser percebida por seu criador. Assim aconteceu naquele momento, com a Raposa.
Ela passou por seu limiar com facilidade e adentrou em sua floresta. Assim era seu mundo, uma grande floresta de árvores altas, como carvalhos, sequóias, pinheiros, cedros e faias. Aquele tipo de floresta que fica com folhas vermelhas no outono. Seus troncos eram cheios de rabiscos feitos a tinta. Frases, possíveis letras de música, partituras, tinha de tudo escrito ali.
Apesar da vegetação de clima frio, estava sempre quente e ensolarado no mundo da Raposa. Os climas nas ilhas costumam variar conforme o humor dos criadores, por isso que as chuvas nunca eram bem vindas. Neve então, nem pensar. A outra constante deste mundo era a música. Não importava o que acontecesse, sempre havia algo tocando. O que tocava era arbitrário, decidido sempre segundo como a Raposa se sentia em um determinado momento.
Isso era uma característica de seu mundo, a música. Não era algo comum em todos os mundos, tampouco uma necessidade. Algumas ilhas prezavam o silêncio, mas não esta. Ele era um sinal tão ruim quanto chuva ou neve.
No centro da floresta da Raposa havia uma clareira. No centro desta, um poste com várias placas em forma de setas, indicando as outras clareiras e o que havia nelas. Uma das placas dizia “quarto”, enquanto a outra dizia “floresta dos três”. Outra dizia “casamento”, uma tinha um avião desenhado. Várias placas diferentes: “mãe”, “baixo”, “banda”, “família”, etc. Tudo o que envolvesse o a vida da Raposa estava ali. Algumas placas estavam queimadas, outras rabiscadas e algumas de fato haviam sido arrancadas dali.


[*the vixen 3:07 AM]